Na próxima rodada, o Atlético-PR recebe o Cruzeiro na quarta-feira, na Vila Olímpica do Boqueirão. Já o Fluminense teve seu jogo com a Portuguesa adiado por conta do duelo contra o Olimpia no Paraguai, pelas quartas de final da Libertadores. Pelo Brasileiro, o time volta a campo só no dia 2 de junho, contra o Criciúma, novamente no Moacyrzão.
Trave e pênalti salvam o Flu
A maior bagagem no ano dos titulares do Atlético-PR do que dos reservas do Fluminense deu aos visitantes melhores condições de jogo. Com um quarteto rápido na frente, o Rubro-Negro foi melhor desde o início, com direito a duas bolas na trave. A primeira, de Felipe para Éderson, de Éderson para o travessão. Na segunda, o atacante repetiu a dose e carimbou o poste após linda tabela e devolução de letra de Marcelo. Desentrosado, o Flu só teve três finalizações no primeiro tempo, mas em uma delas saiu o gol, em cobrança de um pênalti cometido por Cleberson em Samuel. Rafael Sobis converteu. E o time recuou.
A tática de jogar no erro do adversário não deu certo. Diguinho e Fábio Braga erravam passes bobos na defesa, e o Fluminense não teve um contra-ataque. Enquanto isso, o Atlético-PR continuava bombardeando a meta de Ricardo Berna. Foram dez arremates, chances claras de gol até o empate. Em falha coletiva da zaga tricolor, Manoel saiu de trás, entrou livre na área e fuzilou de cabeça. As oportunidades continuaram surgindo, e a virada só não aconteceu por capricho. Faltava sorte ao Rubro-Negro, e criação no Tricolor.
Samuel tira Flu do sufoco, e Berna salva
Abel Braga precisava mexer no time, mas foi obrigado a mudar por necessidade, já que Anderson sentiu um incômodo na coxa e pediu para sair. O técnico aproveitou e fez logo uma alteração tática ao colocar o meia Eduardo e passar o time de 3-5-2 para um 4-4-2. Com um homem a mais à frente, Sobis passou a ser mais acionado. Em jogada individual pela esquerda, o atacante serviu Samuel, que aproveitou o cochilo da zaga rubro-negra para recolocar o Flu na frente. O Atlético-PR foi aos poucos cansando, e o técnico Ricardo Drubscky tentou dar nova cara à equipe com Paulo Baier no lugar de Felipe, e Ciro, no de Éderson. O Furacão ganhou em experiência, mas perdeu em velocidade.
O time passou a apostar nos chuveirinhos, que já havia dado certo no primeiro tempo. Mas não deu no segundo. Aos trancos e barrancos, o Fluminense conseguiu se salvar nas 11 bolas levantadas que teve em sua área. Abel recuou ainda mais sua equipe ao sacar Sobis para pôr o volante Willian, e tentou colocar velocidade com seu único jogador titular no banco, Rhayner. O atacante entrou no lugar de Felipe, mas ajudou mais na marcação. Gum chegou a balançar a rede, mas o juiz anulou marcando impedimento. No fim, Berna salvou uma pancada à queima-roupa de Paulo Baier, e a torcida tricolor voltou as atenções para a Libertadores, ao grito de "quarta-feira é guerra" contra o Olimpia, do Paraguai.